Com a crise econômica imperialista e seus efeitos, particularmente na América Central onde a aplicação dos TLCs e das reformas neoliberais trouxeram efeitos devastadores para os povos e trabalhadores, setores da burguesia se movimentam em disputas para garantir seus negócios.
O golpe desferido pelas classes dominantes e pelo exército hondurenho, umbilicalmente ligados ao imperialismo norte americano é um ataque contra os trabalhadores e os povo, não só de Honduras mas de todo o continente. Neste momento, em que o governo Obama, aprova resoluções condenando o golpe, abrindo contradições importantes para a derrota dos golpistas, não podemos nos deixar confundir.
A vinculação histórica dos setores golpistas com o imperialismo e suas tentativas junto com a OEA de negociação com o Plano Árias, que busca uma saída acordada entre os setores das classes dominantes, preservando os golpistas e rejeitando a Assembléia Nacional Constituinte demonstra que a condenação do golpe pelos Estados Unidos e os organismos internacionais procuram preservar o essencial para todos eles : a construção de uma saída para a crise em negociações interburguesas que preservem sua política econômica e seus interesses de classe buscando tirar o papel protagonista das mobilizações e da luta do povo hondurenho.
A Conlutas conclama a todos os setores e organizações dos trabalhadores latino americanos e internacionais, a construirmos mobilizações e manifestações em todos os países em apoio à Greve Geral e a heróica resistência que vem sendo travada nas ruas e no campo de Honduras para derrotar o golpe militar.
Mesmo tendo clareza que o governo Zelaya não é um governo de nossa classe ante o golpe fascista, acompanhamos os trabalhadores e o povo de Honduras que lutam contra o golpe e pela recondução do governo eleito de Zelaya, o fim da repressão, o restabelecimento das liberdades democráticas e a prisão e punição de todos os responsáveis pelo golpe são condições para que o povo hondurenho possa resgatar seu pleno direito de decidir seus destinos de maneira democrática e soberana.
Chamamos a todos os setores democráticos a romperem com negociações com aqueles que articularam o golpe. Qualquer saída que preserve intactos os golpistas significa permitir que continuem se preparando para logo mais atacar novamente com seus métodos fascistas os trabalhadores e o povo hondurenho.
Apoiar política e materialmente a luta e resistência do povo hondurenho e construir mobilizações internacionais que exijam dos governos de cada país o boicote econômico e político ao governo golpista até a sua queda é o desafio colocado a todas as organizações dos trabalhadores, populares e democráticas.
- Abaixo o Golpe Militar em Honduras!
- Retorno imediato do Governo Zelaya!
- Restabelecimento pleno das Liberdades democráticas!
- Punição e prisão a todos os responsáveis pelo golpe!
- Nenhum apoio ao Plano Árias e sua negociação com os golpistas!
- Todo apoio à luta dos trabalhadores e do povo Hondurenho!
Nenhum comentário:
Postar um comentário